segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O Pequeno Príncipe

    
     Um livro indicado para o público infanto-juvenil, mas sobretudo uma leitura obrigatória para as crianças "grandes". Acredito que este clássico da literatura infantil dispense qualquer comentário ou análise mais detalhada, visto que está atualmente na 48ª edição somente no Brasil. Se levarmos em conta as edições de um modo geral, chegamos a algo em torno de 400 a 500 edições e nada mais nada menos do que 80 milhões de exemplares vendidos no mundo todo. O Pequeno Príncipe é o livro francês mais vendido no mundo. E a terceira obra literária mais traduzida no mundo, perdendo somente para a Bíblia e O Peregrino. Nesta pequena introdução já percebemos a grandeza do conteúdo.     
     Bem, deixemos os números de lado e passemos a uma modesta análise deste clássico da literatura mundial. O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry trata-se de uma obra escrita numa linguagem simples e direta. Sendo, portanto, o vocabulário apropriado para a faixa etária a que se destina. Entretanto, quando a mesma fábula é lida por um adulto, a narração requer uma certa atenção por parte do leitor, pois a obra está carregada de elementos simbólicos e exige uma certa maturidade literária para que as conotações não passem despercebidas. A beleza da obra está nestas lacunas que o autor deixa-nos para resgatarmos nossos valores e também para que recuperemos nossa perdida e, muitas vezes, esquecida infância. O Pequeno príncipe traz a tona as recordações e os mistérios da infância. Aos poucos, os sonhos, os questionamentos, as dúvidas e os desenhos incompreendidos pelos adultos vão surgindo do velho baú da imaginação. E, sobretudo, nos faz parar e refletir sobre o ritmo frenético que nós adultos levamos a vida. Depois desta leitura, caro leitor, você com certeza tentará reservar um tempo para admirar o pôr-do-sol, apreciar a beleza de uma flor, contemplar as estrelas enfim...apreciar as coisas simples e belas da vida. Por esses motivos, a obra pode ser considerada de alto teor filosófico.


     A fábula é narrada em primeira pessoa por um narrador-personagem não nomeado na narrativa. A seu respeito sabemos apenas que se trata de um piloto que encontra-se perdido no deserto do Saara. Além desta informação, sabemos através de seus relatos que foi uma criança incompreendida na infância, visto que ninguém entendia do que se tratava os seus desenhos. Em função das suas decepções nos desenhos, decidiu seguir carreira na aviação. A partir dos seguintes trechos percebemos que pela falta de compreensão dos adultos, ele acabou deixando de lado sua paixão pela pintura e esses acontecimentos marcaram profundamente sua vida.

As pessoas grandes aconselharam-me a deixar de lado os desenhos de jiboias abertas ou fechadas e a dedicar-me de preferência à geografia, à história, à matemática, à gramática. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma promissora carreira de pintor. (Saint-Exupéry, 2009, p. 8).


     Os personagens são caracterizados como planos, pois o narrador não nos fornece muitas informações físicas e psicológicas para descrevê-los. São definidos como personagens superficiais. Os personagens secundários também são descritos de maneira superficial. Quanto a estrutura da narrativa, chegamos ao seguinte esquema típico dos contos de fadas:
  • equilíbrio inicial;
  • elemento complicador (algo positivo);
  • Busca de soluções no plano da fantasia (elementos mágicos);
  • Restauração da ordem (equilíbrio).
     As ilustrações são todas feitas pelo próprio Antoine de Saint-Exupéry. A edição da editora Agir mantém as celebres aquarelas exatamente iguais as originais deixadas pelo autor na editora nova-iorquina Reynal e Hitchcock. Os desenhos são simples, porém muito poéticos. Além disso, por essa simplicidade lembra os desenhos de uma criança. Ocorrendo, assim, um processo de identificação do seu público leitor e facilitando a compreensão da história. Cabe acrescentar, ainda, que há um equilíbrio entre as ilustrações e o texto. Estando, todavia, de acordo com a faixa etária indicativa.
     Para finalizar, não poderia deixar de mencionar as fortes críticas direcionadas aos adultos. Em cada um dos planetas visitados pelo pequeno principezinho havia uma espécie de esteriótipo das digamos “fraquezas humanas” presentes, exclusivamente, no mundo dos adultos. O primeiro planeta era habitado por apenas um rei que desejava exercer sua soberania sobre tudo e sobre todos; o segundo, por um vaidoso que necessitava excessivamente de elogios; o terceiro, por um bêbado que se embriagava para esquecer a vergonha que tinha de beber; o quarto, por um homem de negócios que tinha olhos somente para os números e consequentemente para os lucros; o quinto, um acendedor de lampião que parecia tolo, porém era o mais sábio comparado com os outros habitantes mencionados e o único que não se ocupava de outra coisa que não fosse ele próprio; no sexto, um velho geógrafo que escrevia livros enormes com base no que lhe descreviam os seus exploradores, sendo que na verdade quem não passava de um explorador era o próprio geógrafo, e, por último, ele visitou o nosso Planeta Terra, onde encontrou uma serpente que lhe prometeu mandá-lo de volta ao seu planeta através de uma picada. É interessante registrar que chegando no planeta terra, o pequeno príncipe não encontra nenhum humano, somente uma serpente. Ao reclamar com a serpente sobre a ausência de humanos, eis a resposta do réptil peçonhento:“-Entre homens a gente também se sente só. (p. 58) Para matar a charada procure o significado de uma serpente em um dicionário de símbolos e depois substitua o termo “serpente” por homem (o ser humano, homem e mulher) e está resolvido o enigma. Vou fechar essa análise com o seguinte questionamento: Você ainda acha que criança não sabe nada sobre a vida? Continuem filosofando! Ah! Não esqueçam! São críticas construtivas.



sábado, 25 de dezembro de 2010

Eu pérola

Voltei para minha concha super protetora de assuntos mundanos. Na mãe ostra volto a sorrir e cantarolar. Dispenso o glamour e a grandesa de pertencer a uma jóia. Dispenso igualmente valores. Quero simplesmente permanecer nas entranhas mais profundas de minha essência e assim fugir de tudo e de todos. Protegendo, assim, um  tessouro muito precioso- o meu coração.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Pensações

Procuro todos os dias por aquele impulso que  mudou  completamente os rumos de minha história. As cordas vibram e as minhas ideias borbulham. Não tem dia nem hora para invadir minha alma. Meus pensamentos tornaram-se prisioneiros de suas tempestades de emoções.  A caneta desliza suavemente por entre os dedos esculpindo a obra perfeita.  Porém, os pensamentos, por vezes, travam. Nestes momentos, sinto que preciso ir em busca de  novas inspirações. 

domingo, 28 de novembro de 2010

Conto

Introspecção

Os primeiros raios da manhã invadem o quarto. O vento sopra de leve fazendo flutuar as cortinas alvas do recinto. O sol brilha forte e espalha ânimo e disposição. O dia é convidativo para praticar esportes, passear no parque, fazer um piquenique, andar na beira da praia enfim...sair por aí sem rumo nem direção.

Mariana levanta lentamente meio sonolenta. Olha pela janela ainda bocejando. Sente aquela sensação estranha que anunciam aqueles dias. Fecha a persiana bruscamente. Em seguida, puxa rapidamente a cortina. Senta na cama e fica observando a penumbra do quarto. Esses dias são inevitáveis. O celular chama insistentemente. Verifica o número e espera cair na caixa de mensagens. Por fim, desliga-o. Faz o mesmo com o telefone fixo.

Decide não abrir a casa. Quer ficar assim curtindo o silêncio no seu cantinho. Tranca a porta para garantir o sossego tão desejado. Se encaminha novamente para o quarto. Revira algumas fotos antigas. Lê alguns capítulos de seus romances favoritos. Só para relembrar o enredo,os personagens, o espaço e o desfecho das narrativas. Escuta as músicas que marcaram a sua adolescência e juventude. Fecha os olhos e revive o passado não tão distante, mas mesmo assim passado. Uma lágrima escorre no canto do olho. Aproveita o clima de melancolia para escrever alguns poemas.

Essa é a Mariana em seus dias introspectivos. Escondida secretamente em seu quartinho escuro.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Dicionário de Rimas

Achei muito interessante e estou divulgando. Acho que pode ser de grande valia para os poetas e escritores de plantão. 

O Portal Artistas Gaúchos, em parceria com a empresa MelhorSoft, apresenta um dicionário eletrônico de rimas com mais de 650.000 palavras da língua portuguesa. Com ele você localiza rimas dada uma palavra ou terminação e pode encontrar até 20.000 rimas em menos de um segundo.
Extremamente útil para escritores, poetas, compositores, publicitários, jornalistas, advogados, professores e acadêmicos, o software contém substantivos, adjetivos, verbos e suas conjugações. Permite localizar rapidamente rimas de palavras ou terminações já digitadas. Retorna as rimas encontradas em ordem alfabética e separadas pela letra inicial das palavras. Faz redução automática do tamanho da palavra ou terminação no caso de não encontrar rima. Transfere rimas selecionadas diretamente para o Clipboard e daí para seu Editor de Textos.

Mais informações em: http://www.artistasgauchos.com.br/
Link: informações úteis.

O livro eletrônico


       Hoje, impreterivelmente, às 21:00 horas encerram as atividades na 56ª Feira do Livro de Porto alegre. Aproveitem o feriado para prestigiar este grande evento, ou melhor, a maior feira de livros a céu aberto das Américas, de acordo com o Patrimônio Imaterial da Cidade e pelo Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural da Capital. Vou todos os anos desde que me conheço por gente. Este ano adquiri, entre outros livros, a Gramática do português contemporâneo do autor Celso Cunha. Super barata e completa. Vale a pena ter em casa para sanar aquelas dúvidas ocasionais que surgem sobre a nossa língua materna. Fica a dica!
       O que me me anseia, neste momento, é o meu consumismo compulsivo por livros. A Feira é somente uma brecha para adquirir mais obras para a minha futura biblioteca. Vou confidenciar aqui no meu blog, tenho um sonho antigo de ter uma biblioteca em casa. Talvez um dia esse sonho se torne realidade. Devaneios a parte, voltando ao assunto do consumismo...tenho comprado em média três a quatro livros mensalmente. Na correria do dia-a-dia fica difícil ler todos antes de fazer novas aquisições, mas não resisto. Eis que surgem os seguintes questionamentos: E agora? O que vou ler primeiro? Por fim, decido começar a ler todos ao mesmo tempo. Leio um pouco de cada um e assim vou lidando com mais esse conflito. Não posso esquecer de comentar os sentimentos de possessividade que imperam sobre o meu ser. Morro de ciúmes de emprestar os meus livros, mas esse assunto tratarei em outro momento.

       Diante disso, me dá calafrios só em pensar na nova cultura do livro eletrônico. Tenho convicção que não serei leitora desta nova modalidade de livro. Essa talvez seja, espero que não, a cultura dos meus alunos. Não sou contra as novas tecnologias, muito pelo contrário, sou a favor de todas as invenções que contribuam para o avanço da sociedade. Porém, tenho no íntimo de minha alma a necessidade de tocar no livro, marcar suas páginas, fazer minhas sagradas anotações (em post-it, claro), fazer as orelhinhas, examinar a qualidade do papel enfim...preciso do livro impresso, sobretudo, para esperar o sono chegar toda noite. Sou adepta do famoso livro de cabeceira. Ah! Sem esquecer, claro, que os livros IMPRESSOS nutrem aquele meu sonho mencionado anteriormente.

       É isso, também vou me despedindo dos meus modestos leitores. Nos encontramos na 57ª edição da nossa feira. Valho-me do pronome também possessivo “nosso”, pois a maior feira a céu aberto das Américas é gaúcha, minha, tua, nossa. Mais um motivo que me orgulha muito de ter nascido nesta terra.

sábado, 30 de outubro de 2010

A última página

     Mais um livro que chega ao fim. Às vezes, fico confusa. Será que algum dia realmente começou?
Não sei. Como disse, estou confusa demais para afirmar categoricamente qualquer coisa. A única certeza que tenho é que está na hora de partir. Não olhar para trás. Seguir em frente em busca de novos horizontes. De novos sorrisos. De novos ares. Respirar ar puro e limpar a alma. Esquecer o que não quero lembrar mais.
     A vida é isso mesmo. Feita de idas e vindas. Mais de uma do que de outra. Agora, neste momento, não sei decidir qual das duas se repete com mais frequência. Depende de cada um e de suas escolhas. Sei, com convicção, que as minhas escolhas são as idas. Porém, voltar é preciso e necessário.
     Nesta situação conflitante que me encontro preciso voltar. Voltar para minhas origens. Procurar as pegadas que deixei no passado. Resgatar os meus cheiros. A história que escrevi e deixei incompleta em algum lugar no tempo e no espaço.
      E agora volto? Voltar é retroceder? Nem sempre. Depende da situação. Neste caso, voltar é viver, cantar, dançar e amar. Também lutar e chorar. Será difícil? Sim, mas vital. Não podemos viver a vida do outro. As decisões do outro. As escolhas do outro. A pessoa do discurso EU tem a sua própria vida e não pode renunciar aos suas decisões, escolhas e sonhos em nome do outro. Essas duas pessoas o "outro" e o "eu", aqui nomeados, caro leitor, pode ser você. Depende da identificação.
     Quero muitas coisas. Reconquistar o meu espaço no mundo. Soltar a minha voz. Recitar os meus poemas aos quatro cantos. Ser reconhecida por isso. Lutar pelos meus ideais e pelas coisas que acredito. Me refazer e renascer a cada dia.  Dormir em paz comigo mesmo. Acordar feliz com o canto dos pássaros. Viver os meus sonhos e a minha história. Quero, acima de tudo, o que foi reservado para mim, ou seja, o que é meu. Isso me basta!


Enigma

Um dia saberei
O que ainda não sei.
Algo que ninguém sabe,
Mas que um dia saberemos.

Não sei, não.
Será que realmente ficaremos sabendo?
Acredito que alguns saberão,
Enquanto outros talvez não.

O mundo é uma incógnita
Que precisa ser revelada
Para que a vida seja desvendada.

O enigma foi lançado,
E os destinos traçados.
Um dia tudo acaba e morremos abraçados.


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Declaração Universal dos direitos dos animais

     Acredito ser do interesse de todos. Ajudem a divulgá-la. Quando presenciarem qualquer tipo de agressão contra animais DENÚNCIEM. Procurem o serviço de atendimento ao cidadão ou a Secretaria do Meio Ambiente do seu município. A denúncia pode ser feita também por telefone e não é preciso se identificar caso a pessoa prefira manter o anonimato. Em canoas, liguem para os seguintes números: (51)3472-5699 ou 0800 5110 1234.  


1 - Todos os animais têm o mesmo direito à vida.
2 - Todos os animais têm direito ao respeito e à proteção do homem.
3 - Nenhum animal deve ser maltratado.
4 - Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat.
5 - O animal que o homem escolher para companheiro não deve ser nunca abandonado.
6 - Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor.
7 - Todo ato que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida.
8 - A poluição e a destruição do meio ambiente são considerados crimes contra os animais.
9 - Os diretos dos animais devem ser defendidos por lei.
10 - O homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e compreender os animais.

Preâmbulo:

Considerando que todo o animal possui direitos;
Considerando que o desconhecimento e o desprezo desses direitos têm levado e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contra a natureza;
Considerando que o reconhecimento pela espécie humana do direito à existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência das outras espécies no mundo;
Considerando que os genocídios são perpetrados pelo homem e há o perigo de continuar a perpetrar outros;
Considerando que o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante;
Considerando que a educação deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais,

Proclama-se o seguinte:

Artigo 1º
Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.

Artigo 2º
1. Todo o animal tem o direito a ser respeitado.
2. O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos à serviço dos animais.
3. Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem.

Artigo 3º
1. Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a atos cruéis. 2.Se for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia.

Artigo 4º
1. Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de se reproduzir.
2. Toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito.

Artigo 5º
1. Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.
2. Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito.

Artigo 6º
1. Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural.
2. O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.

Artigo 7º
Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.

Artigo 8º
1. A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.
2. As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas.

Artigo 9º
Quando o animal é criado para alimentação, ele deve de ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade nem dor.

Artigo 10º
1. Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.
2. As exibições de animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.

Artigo 11º
Todo o ato que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é um crime contra a vida.

Artigo 12º
1. Todo o ato que implique a morte de grande um número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie.

Fonte: http://www.apasfa.org/leis/declaracao.shtml

domingo, 17 de outubro de 2010

Devaneios

Carrego comigo:
Palavras soltas ao vento;
Frases fragmentadas;
Ideias inacabadas;
Pensamentos em devaneios;
Juntando tudo isso,
Talvez vire um conto, um romance ou um roteiro.

sábado, 16 de outubro de 2010

AQUARELA - TOQUINHO



Outubro: o mês da criança
      Essa música traduz a minha alma enquanto eterna criança. Me faz voltar no tempo. No tempo em que ficava a assistir meu pai escutando suas músicas no seu velho toca discos de vinil. Lembro como se fosse hoje dessa linda canção de Toquinho. Ficava  fantasiando todas as situações narradas na letra da música. Como era simples com cinco ou seis retas fazer um castelo.  Com um simples pingo de tinta criar uma linda gaivota a voar no céu. E o melhor pegar uma carona com a Gaivota! Viajar para o Havaí, Pequim ou Istambul em questão de segundos. De quebra navegar em um barco a vela desbravando o mar e o céu azul. E ganhar de presente um beijo azul do céu...
      Temos ainda a disposição da nossa poderosa imaginação um lindo avião rosa e grená colorindo o mundo para nos alegrar. Basta a força do pensamento e ele estará partindo e se você quiser ele vai pousar. Agora, neste instante. Isso mesmo! Para tanto, use a força do pensamento ou a sua varinha mágica.
É tão fácil ter o mundo em nossas mãos. Você só precisa pegar um simples compasso e com um círculo você faz o mundo. Criança pode brincar de ser Deus.
      Cuidado! Logo a frente está o futuro. O futuro representado por uma astronave que não tem tempo, nem piedade e nem hora de chegar. Ela não te pede licença, muda a sua vida e depois te convida a rir ou a chorar. O que fazer agora? Não tem o que fazer. Temos que encarar essa nova fase de nossa vida. Então...bem vindo a vida adulta! Procure viver a sua vida através da percepção de uma eterna criança. O nosso fim, segundo Toquinho, ninguém sabe ao certo onde vai dar.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Vivendo de passado

Vá! Me deixe seguir sozinha.
Sozinha como sempre estive.
Sozinha como sempre estarei.
Segue os seus dias ensolarados,
E me deixe viver de passado.
E não olhes pra trás!
Segue os seus caminhos de flores.
Escolhestes bem os seus amores.
Ao contrario de mim que nada decidi em minha vida.
Hoje, sofro as consequências de minhas ações.
Vivo sem reação.
E, consequentemente, sem emoção.

sábado, 9 de outubro de 2010

A um tempo atrás pensava que já sabia quase tudo.
Hoje descobri que nada sei.
Tenho que me redescobrir a cada dia,
E me reinventar como uma camaleõa.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Escrevo o que sinto. Não nego!
Falo o que penso. Não gosto de escutar o que não quero.

domingo, 26 de setembro de 2010

Tempo





Tempo que insiste em me atordoar
que insiste em me desacorçoar
que insiste em voar
e por fim, consegue me parar

Ah! o tempo
que foge de minhas mãos
que voa em minha frente
e que me deixa sem chão

Como faço para controlar-te?
se insiste em não deixar domar-te
Quero aproveitá-lo todo
todos os minutos, segundos, todo.

Ana

sábado, 25 de setembro de 2010

Não me julgue,
Nem me culpe.
Quero ser somente sua cúmplice.

Reflexões...

A vida é uma grande ilusão.
Tudo seria perfeito se fosse vivido com paixão.
O respeito e o amor foram substituídos pelo rancor.
A vida passou a ser vivida constantemente com dissabor.

Vivo nessa fuga procurando sempre enfrentar a luta
Para seguir sempre andando e consequentemente  sonhando.


Será que sempre acharei forças?
Essa é uma pergunta que, às vezes,  me cansa.
Não é fácil lutar contra a maré,
Principalmente, quando se perde a fé.

Sigo o meu caminho procurando os seus carinhos.
Um dia canso e decido andar sozinha (o).

domingo, 19 de setembro de 2010

Nunca é tarde para gostar de ler

Muitos professores brasileiros não tiveram a chance de construir uma história como leitores de literatura. Mas sempre é tempo de criar o hábito de leitura e também inspirar os alunos. Diante dessa realidade brasileira, segue algumas dicas importantes para criar hábitos de leitura. É importante frisar que nunca é tarde para se deixar encantar pela literatura.

Por que ler
O leitor literário lê por razões variadas: rir, refletir, investigar, relembrar, chorar e até sentir medo. Lê porque mergulha no que autores e personagens pensam e sentem- no passado, presente ou futuro, em lugares distantes ou que nem sequer existem. Lê porque as narrativas literárias o ajudam a refletir sobre a vida e a construir significados para ela.

 Como virar um leitor
Não existe um caminho único para se tornar um leitor literário. Você pode começar por textos simples do ponto de vista linguístico e depois passar para os mais complexos- ou iniciar por temas próximos e partir para os mais distantes. Segundo Ana Flávia Alonço Castanho, “há os que preferem os grandes desafios desde o princípio porque sabem que eles têm algo a oferecer, nem que seja a estranheza.” Um bom caminho para alavancar o gosto pelos livros é procurar uma comunidade de leitores (podem ser os professores da escola, os amigos, os parentes- o importante é encontrar pessoas que gostem de ler). Conforme Teresa Colomer, professora de literatura na Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, “ao compartilhar as impressões sobre uma leitura passamos os significados que a obra tem para os outros, o que enriquece nosso repertório”. Outra vantagem desse diálogo permanente é a troca de indicações de textos e autores.

 O livro ( e outras linguagens)
Para os adultos que estão se iniciando no mundo da literatura, perceber as relações entre os livros e outras linguagens é também uma opção muito interessante. Ver um filme, ouvir uma música ou assistir uma peça de teatro baseados em obras literárias e depois ler o texto original- ou vice-versa- é ótimo para entender como uma história é contada de maneiras diferentes. Cada formato tem uma especificidade e prioriza determinados elementos, como a descrição do personagem ou o cenário. É inevitável fazer algumas perguntas. O que mudou do texto para a encenação? Como o cinema traduziu em imagens uma paisagem antes descrita só em palavras? E os personagens, como foram retratados? Isso ajuda a despertar o senso crítico e, claro, querer ler mais.

Quando ler
A leitura deve ser uma atividade cotidiana, mas não precisa ter hora marcada nem deve se restringir a obras novas. Que tal retomar um livro que foi difícil de ler (ou aquele que você adorou?) Em determinada época da vida, um título pode parecer complexo ou não emocionar e, em outras, ganhar novos sentidos. Já no caso dos livros preferidos, nada melhor do que sentir novamente as sensações que a obra provocou, reler os trechos que mais gostou e relembrar as razões que o levaram a eleger aquele escritor como uma referência.

Onde ler
Muita gente diz que o bom leitor é aquele que lê os grandes clássicos da literatura. Bobagem. Um leitor competente lê de tudo e passeia por gêneros variados, trilhando o próprio percurso. Alguns livros exigem mais, pedem esforço intelectual, persistência e concentração. Em troca, costumam nos recompensar mais. Só não deixe que tudo isso vire sinônimo de sofrimento. “Fica mais fácil aceitar os percalços da leitura quando encontramos alguma satisfação”, argumenta Celinha. E também para seus alunos. Pode parecer difícil, mas basta dar o primeiro passo- ou melhor, abrir o primeiro livro. Ótimas leituras!

Fonte: Revista Nova Escola

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Homenagem aos mestres da Unisinos

Uns são homens: alguns são professores;

poucos são mestres

Aos primeiros, escuta-se;

Aos segundos respeita-se;

Aos últimos, segue-se;

Se chegamos até aqui e se hoje enxergamos longe,

é porque fomos colocados em ombros de gigantes!

Esta é uma singela forma de dizer aos professores

do curso de Letras, à minha querida orientadora Vera Dentee de Mello

e a nossa paraninfa Janaína, o quanto sou agradecida pela atenção, pela

amizade e pelos “puxões de orelha.” A todos vocês que fazem parte de

minha conquista, o meu muito obrigado!

Com carinho,


Ana