sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sinais



O poeta que habita em mim                              
Deu sinais de melancolia
Corre pega a caneta
Não demora volta a alegria.                 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Resgate

Sonhei uma vida inteira sustentada pelo calor da emoção. Baseada na adrenalina do momento, sem o alento do seu consentimento. O que resta? O arrependimento de perder o controle dos meus sentimentos. A certeza que o rio da vida seguiu levando os planos para alto mar. A incerteza se algum dia encontrei meus sonhos boiando na imensidão de água fria e salgada do rio da vida. E a dúvida se eles sobreviverão ao naufrágio. Aqui estou parada, estática e quase sem pulsação.  Esperando pelo milagre do resgate.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A voz do interior

O que escrevo não está necessariamente em mim. Começa por aqui e grita dentro de você.

O sopro

Eu sou a brisa do mar que você sente na pele arrepiada. O sopro leve que balança e dá movimento aos seus cabelos. Sou também a  calmaria depois da maré agitada e da ventania. Vivo em você em forma de paz. Você me sente, mas  não me vê passar. Quando percebe o vento forte já me levou pra alto mar. Tenho por consolo a lua nova a me vigiar. De longe minguada no céu.

domingo, 6 de novembro de 2011

Silêncio, vazio, ócio

Eu estou aqui bem na sua frente. O meu eu poético chega até você, mas você não chega até a mim. Insiste em não deixar marcas,  pegadas e nem vestígios. Eu te sinto bem perto. Percebo seu olhar a me vigiar de longe. Sorrateiramente. Não escuto sua voz, somente um eco vazio, perdido, solitário. Esse silêncio  não me diz nada. Sigo no vácuo das suas palavras.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O sótão da minha imaginação

Durante a noite todos os fantasmas saem no armário.
Vem nos fazer companhia neste mundo solitário.
Uma ou outra estrela cadente desce para compartilhar de nossas angústias.
Há aquelas estrelas que gostam de brincar de esconde-esconde com a nossa imaginação.
Outras são mais ousadas e resolvem dar umas piscadelas
dando margem para um romance de ficção.
Tendo sempre como plateia todos os astros de plantão,
Com a benção de todos os regentes da ocasião.
O galo canta e a temperatura esquenta.
O cuco canta alucinadamente e me desperta.
Percebo se disciparem nuvens negras de algodão.
O sol não tardará a se abrir e despistar a escuridão.
Os fantasmas se recolhem nos baús do meu sótão.
Os primeiros movimentos do dia aparecem
E o aroma do café resplandece .
Tudo perde a sua áurea de  mistério.
As almas voltam para o cemitério.
A luz invade o dia e acaba com os mistérios.

sábado, 15 de outubro de 2011


                                    Os professores são os verdadeiros super-heróis deste país.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Quinze anos se passaram e o dia continua triste, mas é claro que o sol vai voltar amanhã. Mais uma vez, eu sei.  Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã. Espera que o sol já vem. E a poesia e a sensibilidade também.

domingo, 9 de outubro de 2011

Medo do escuro


A noite é um ponto escuro perdido na escuridão dos nossos medos.  As estrelas são como lanternas a nos vigiar na imensidão. A lua é o clarão que nos acompanha e nos dá a certeza de que a luz nunca se apagará.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Dia dos animais

Neste dia dos animais (que a meu ver é muito mais do que merecido), lanço o seguinte pensamento para uma simples, mas profunda reflexão:

O dia em que o homem entender o olhar e o coração de um animal, verdadeiramente, este deixará de ser homem e será um animal. Um animal  irracional mesmo. De racionalidade, eu não entendo nada.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A inspiração literária nada mais é do que o seu amigo imaginário que não se aquieta.

domingo, 2 de outubro de 2011

O nada de lugar nenhum



O vazio preencheu todo o espaço imaginário. As ideias borbulham nas areias de um deserto esquecido. Um eco solitário se propaga pelo ar em busca de seus sentidos todos perdidos. Recebo como resposta um vento frio quase gélido que mais parece um escárnio.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Salve, salve primavera!

A primavera chegou com seus muitos tons. Demorou, mas apareceu para encher minha vida de cor. Inundar meu ser de sol dourado. Trazer mais vibração para a minha vida. E deixar no passado o cinza das tardes tristes e vazias de um dia nublado. O meu dia é todo azulado. E a minha noite toda estrelada.

domingo, 11 de setembro de 2011

Olá queridos amigos (as) internautas!
Este conto que segue é o resultado de um projeto intitulado "contos jovens" que estou desenvolvendo com os meus alunos do 1º ano do Ensino Médio. Com a autorização autoral da minha aluna Júlia Polidoro, gostaria de compartilhar com vocês, caros leitores, o meu orgulho dos frutos que estou colhendo com esse trabalho. Para finalizar esse projeto, vou produzir um livro de contos das turmas que estão envolvidas neste pequeno e ao mesmo tempo grande projeto. Já lancei a sementinha, agora espero que ela continue dando belas flores ou belos frutos, como quiserem. Leiam e espero que se deleitem também!  

Júlia Polidoro
     Os primeiros anos de vida suscitaram em mim o gosto pela aventura. O meu pai dizia não saber bem o porquê da existência e vivia mudando de trabalho, de mulher e de cidade. A característica mais marcante de meu pai era a sua rotatividade. Dizia-se filósofo sem livros, com uma única fortuna: o pensamento. Eu no começo achava o meu pai tão-só um homem amargurado por ter sido abandonado pela minha mãe quando eu era de colo. Morávamos então no alto da rua Ramiro Barcelos, em Porto Alegre, o meu pai me levava para passear todas as manhãs na praça Júlio de Castilhos e me ensinava os nomes das árvores, eu não gostava de ficar só nos nomes, gostava de saber as característica de cada vegetal, a régio de origem. Ele me dizia que o mundo não era só aquelas plantas, era também as pessoas que passavam e as que ficavam e que cada um tem seu drama.
      Ele dizia que o mundo era perverso e que tinhamos que cuidar ao redor, olhar as pessoas, conhecer seus pensamentos e tentar entendê-los. Meu pai, um grande amante da natureza, me levava nas tardes de sol para admirar o Rio Guaíba, ficávamos por horas admirando a divindade da natureza até chegar o pôr do sol.
      Lembro como se fosse hoje de seus olhos brilhantes quando apreciava o pôr do sol. Ele falava que a natureza era de outro mundo, pois deste não poderia ser. Então, meu mundo virou o dele. O meu pai me ensinou a amar a vida e fazer dela a melhor possível e levo comigo cada palavra sua, cada pensamento e filosofia. Na verdade, sinto que ele está em mim, pois tenho a aventura em mim e a vontade de viver no pensamento.
      Viajo por todos os lugares, não tenho casa, amor, nem trabalho certo. Só tenho no coração o pôr do sol e todos os dias observo um, lembrando assim de meu pai, um filósofo sem livros.
                                           Júlia Polidoro (futura escritora, assim espero.)

domingo, 28 de agosto de 2011

Muso inspirador!


Foi o melhor título que encontrei para declarar o imenso amor e admiração que sinto pelo meu (me dei o direito de chamá-lo de "meu") saudoso poeta gaúcho Mário Quintana. As suas poesias são a minha inspiração para me arriscar neste mundo de aspirante a poetisa trainee.
Segue alguns dos meus poemas preferidos, ou melhor, os que mais me identifico. O poema "O tempo" revela toda a minha inquietação com a passagem do tempo. Este poema desnuda toda a minha apreensão em relação a  passagem do tempo. O tempo que a minha querida paraninfa Janaína descreve como "inexorável" e de fato, infelizmente, é.
Não vou me prolongar muito nesta minha singela homenagem, pois parece que quanto mais escrevo mais percebo que as minhas palavras se tornam vazias e sem eco diante da sabedoria e sensibilidade acumulada do nosso querido Mário Quintana. Passemos, então, as palavras de Quintana:

O TEMPO
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. 
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
 
OS POEMAS
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

Esconderijos do Tempo


POEMINHA DO CONTRA

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!
DA OBSERVAÇÃO

Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...

Frases sabias, mas o mais sabido é aquele que souber aproveitá-las em sua vida. Ouçam a voz da experiência, não se trata de  alguém mais velho, mas daquele que viveu primeiro.

"O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você."
"Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho."

"Há noites que eu não posso dormir de remorso por tudo o que eu deixei de cometer."

"O passado não reconhece o seu lugar: esta sempre presente."

"O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso."

"A amizade é um amor que nunca morre."
   

sábado, 13 de agosto de 2011

A lua nasce branca e voluptuosa em mil encantos. E fica a observar cá na terra os muitos prantos.

domingo, 7 de agosto de 2011

Folhas secas


Inventei uma vida que não me pertence, mas que precisa ser vivida. Os acontecimentos sempre se repetem estou ficando sem saída. Não tenho coragem de partir em busca de novos ares. O medo travou minhas atitudes. Vivo constantemente com o coração partido. O tempo passa rapidamente como num piscar de olhos. O vento tudo varre e como folhas secas leva também a minha juventude.

Ana Paula Moraes

sábado, 30 de julho de 2011

Ringo Starr em Porto Alegre!

Em novembro, mais precisamente no dia 10, às 21hs, o Gigantinho receberá outro ex-Beatle, o Ringo Starr e sua banda All Starr Band. As características pessoais do músico, ou melhor, sua personalidade caracterizam suas músicas e permeiam seu talento, conquistando multidões de fãs.
Os ingressos começaram a ser vendidos para o público geral no dia 18 de julho. Pista/Arquibancada: R$ 150,00. Cadeira: R$ 200,00 e Pista Premium: R$ 300,00. Os ingressos podem ser comprados pelo site http://www.ticketsforfun.com.br/ ou nas Lojas Multisom.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

                                       
Não use drogas. Invente histórias e viaje para o mundo mágico da imaginação. Essa viagem somente a literatura pode te proporcionar e com garantia de ida e volta.

Ana Paula

sábado, 23 de julho de 2011

Desabafo

Todos os dias paro e penso: nasci no mundo errado. Não aguento mais sair de casa todos os dias e me deparar com tanto sofrimento de pessoas e animais. Para todo lado que olho encontro cachorros abandonados, famintos e doentes. Toda essa dor puxada na base do chicote, se os gaúchos preferirem, pelo estouro do relho mesmo.  Me sinto impotente diante de tanto sofrimento. O meu coração está sangrando. Preciso urgentemente da minha super concha protetora de assuntos mundanos. Desculpem o desabafo, pois a intenção do blog é abordar assuntos relacionados as letras e a arte. Infelizmente, nem tudo são rosas caros leitores.
Ana

domingo, 17 de julho de 2011

Trabalhando a questão da homofobia na Escola


A pesquisa "Juventudes e Sexualidade no Brasil", publicada pela Unesco em 2004, mostra que 39,6% dos meninos não gostariam de ter um colega de classe homossexual. É hora de falar do assunto nas salas de aula.


       A questão da homofobia é um tema que está em alta na atualmente e vem sendo abordado constantemente pela mídia. Por isso, resolvi fazer uma dinâmica com os meus alunos do Ensino Médio na    disciplina de Ensino Religioso, visto que os estudantes sempre sugerem que os professores abordem temas contemporâneos. Sanando assim as dúvidas da garotada em relação a esse tema tão polemico e mal abordado pela mídia, pois a televisão coloca a homossexualidade como uma opção sexual, mas na verdade a homossexualidade é algo que nasce com a pessoa, ou seja, está na essência do ser humano. E não deve ser entendido como uma “modinha” ou algo opcional. Cabe aos professores (as) trabalharem a questão do respeito ao outro, pois a escola segundo dados do Corsa é o lugar onde ocorre o mais casos de homofobia. O professor deve levar em conta a opção religiosa do aluno e a opinião da família sobre a questão, porem sempre ressaltando o respeito e o amor ao próximo.

       Sugiro a seguinte dinâmica que elaborei e deu super certo com os meus alunos de Ensino Médio. Rendeu até palmas no final da atividade. Segue abaixo dez perguntas e respostas sobre o assunto. O professor deve imprimir as perguntas e respostas em um papel mais firme colorido  para dar um destaque e chamar a atenção dos jovens. Em seguida, separe as perguntas das respostas e misture bem antes de entregar para a turma. Assim, uns ficaram com as perguntas e outros com as respostas. O aluno faz a pergunta e o professor dá um espaço para os alunos colocarem para o grande grupo o seu ponto de vista e somente depois desse debate o estudante que tem a resposta faz a leitura para o grande grupo. Tempo estimado para aplicar a atividade: duas aulas.
Segue as questões:
 
1) O que é homofobia?   
"Em uma sociedade como a nossa, qualquer um que saia da norma heterossexual é imediatamente tratado com descaso, desprezo, humilhação e até com violência física. É isso o que chamamos de homofobia", explica Ramires, que tabém é coordenador do Corsa (Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade e Amor de defesa dos direitos LGBT - Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis).

2) Muitas pessoas partem do pressuposto de que a bissexualidade e a homossexualidade são desvios de caráter, uma doença ou ainda algo contagioso. Como a psicologia nos explica cientificamente esses casos?
Muitas pessoas, por exemplo, partem do pressuposto de que a bissexualidade e a homossexualidade são desvios de caráter, uma doença ou ainda algo contagioso. "A psicologia já demonstrou que ninguém sabe explicar cientificamente por que as pessoas são heterossexuais, bissexuais ou homossexuais. Há fatores biológicos, psicológicos e sociais, mas é impossível determinar uma única causa", explica Lula Ramires, mestre em Educação pela USP.

3) Há uma idade certa para falar de sexo e homossexualidade na escola?
Segundo pesquisadores, não existe uma idade ideal. Na infância, assuntos como sexo e orientação sexual precisam ser tratados com muita sutileza, mas sem menosprezar a inteligência dos pequenos. Já na adolescência, quando rapazes e garotas estão experimentando transformações corporais, é um dever da família e da escola abordar esse tipo tema com naturalidade, de forma arejada, plural, indicando todas as possibilidades de escolha sexual sem valorizar nem recriminar nenhuma delas.
4) Como a homossexualidade afeta os alunos?
A homossexualidade é uma das principais causas de bullying nas escolas. Sem ter referências sociais e culturais para debater a respeito da identidade de gênero e da orientação sexual, os jovens acabam referindo-se com ironia e preconceito aos gays dentro e fora da escola. Segundo Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o fato de a homossexualidade já estar na rua, na televisão, mas não na escola ou no livro didático, acaba levando ao bullying.
Pesquisas mostram que a escola tem sido um verdadeiro "inferno" para alunos homossexuais: eles são ignorados ou impedidos de participar de atividades em grupo, seus objetos são furtados, são alvos de piadinhas e xingamentos, ora são agredidos fisicamente das mais variadas formas. "Fica difícil ir bem nos estudos e até ter vontade de ir para a escola numa situação como essas", afirma Lula Ramires, coordenador do Corsa.
 
5) Como tem sido o dia a dia dos alunos homossexuais na escola?
Pesquisas mostram que a escola tem sido um verdadeiro "inferno" para alunos homossexuais: eles são ignorados ou impedidos de participar de atividades em grupo, seus objetos são furtados, são alvos de piadinhas e xingamentos, ora são agredidos fisicamente das mais variadas formas. "Fica difícil ir bem nos estudos e até ter vontade de ir para a escola numa situação como essas", afirma Lula Ramires, coordenador do Corsa.
6) Porque a escola deve combater o preconceito?
A escola não é capaz de combater o preconceito contra gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis sozinha. Mas, segundo o estudo "Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil", da Fundação Perseu Abramo, o ambiente escolar é o melhor lugar para por fim à homofobia. Os resultados da pesquisa mostram que, enquanto metade dos brasileiros que nunca frequentou a escola assume comportamentos homofóbicos, apenas um em cada dez brasileiros que cursaram o ensino superior apresenta o mesmo comportamento.

Além disso, a homofobia manifestada na forma de bullying nas escolas faz com que alunos desistam dos estudos. Além de instigar o respeito e tolerância entre os alunos, falar sobre o assunto é uma forma de garantir a permanência e o acesso à Educação - como previsto na lei - a realmente todos os cidadãos. A Secretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da Presidência divulgou que, hoje, 10% da população brasileira é gay. "À escola cabe mostrar que essa variabilidade do desejo sexual existe na sociedade como um todo e que é preciso aprender a respeitar isso", diz Lula Ramires, mestre em Educação pela USP e coordenador do Corsa (Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade e Amor de defesa dos direitos LGBT - Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis).

7)  E se eu achar que falar de homossexualidade na escola é inadequado?
Educadores indicam que, quando os pais se sentirem desconfortáveis com a temática estudada em sala, o melhor é comparecer às reuniões pedagógicas, manifestar dúvidas e dialogar com os professores e gestores escolares. "A Educação para a cidadania tem de ser uma tarefa empreendida pela comunidade escolar, envolvendo inclusive a participação dos pais", diz Lula Ramires, do Corsa (Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade e Amor de defesa dos direitos LGBT - Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis).

8)  Como os educadores devem trabalhar o tema na escola?
A abordagem do tema deve ser feita de forma delicada, afinal a homossexualidade ainda é um tabu. "Ttem que se ter cuidado ao falar disso", admite a professora de biologia Mônica Marques Ribeiro, que há dez anos aborda em sala questões relacionadas à sexualidade, sempre aproximando o tema dos direitos e deveres dos cidadãos e do respeito e à diversidade humana. "Debatemos tudo conforme a necessidade da classe, conforme o aluno vai perguntando", conta.

É importante deixar claro que, da mesma forma que existem pessoas que sentem desejo pelo sexo oposto (heterossexuais), existem outras que sentem isso pelo mesmo sexo (homossexuais). Fazer isso é parte do trabalho do professor que decide abordar a temática sexual de forma didática na sala de aula. Além disso, ressaltar que o desejo pelo mesmo sexo não é uma vergonha, crime ou doença é algo que deve ser transmitido não só para os alunos, mas também para os pais.
9) Como a homofobia costuma ser vista?  
A homofobia costuma ser vista como um conjunto de emoções negativas (aversão, desprezo, ódio, desconfiança, desconforto ou medo) em relação a homossexuais ou mais concretamente, a lésbicas, gays, bissexuais, travestis ou transexuais. Na verdade, a homofobia transcede sentimentos individuais: trata-se de preconceito, discriminação e violência contra pessoas cuja orientação sexual (desejo sexual), identidades ou expressões de gênero (identificação dos sujeitos com configurações de masculinidade ou de feminilidade) não se conformam com a heteronormatividade, ou seja, valores, normas e dispositivos por meio dos quais a heterossexualidade é instituída como a única forma legítima e natural de expressão identitária e sexual. Nesse sentido, as praticas sexuais não reprodutivas são vistas como desvio, crime, aberração, doença, perversão, imoralidade ou pecado.
 
10) Como classificar o comportamento homofóbico?  
Algumas pessoas preferem classificar o comportamento homofóbico apenas como o "répúdio da sociedade em relação a pessoas que se auto-excluem" ou desajustamento social por busca do prazer individual" justificando assim a exclusão social das pessoas homossexuais pelo fato de serem diferentes da suposta norma.

 

domingo, 3 de julho de 2011

Versos, sons e ritmos


      O café fumegava no parapeito da sacada. O tempo voava lá fora. Hoje, não queria saber do relógio. Se guiaria de dia pelo sol e de noite pela lua. Sem pressa. Sem hora marcada. Hoje é o dia de observar bem de longe. De preferência sem ser observada.

       Mariana passa minutos, horas, dias a fio assim contemplando. Analisa crianças, jovens, adultos, velhos. Menino e menina. Homem e mulher. Tudo e todos mesmo. Nada escapa do seu olhar investigativo. Passa a maior parte do seu tempo a observar o andar, o olhar, os gestos, as cores, o estilo e as atitudes das pessoas. Gosta, sobretudo, de dar sentido a todas as suas percepções e sensações. Essa é a Mari. Como é chamada carinhosamente pelos mais íntimos.

       Mariana se ajeita na poltrona. Procura uma posição confortável. Em seguida, se inclina e fica a fitar o movimento intenso de carros e pedestres. Indo e vindo. Sempre. Num movimento incessante. Pessoas de gravata, de uniforme, de chinelo, muita gente passando de um lado para o outro. De todas as idades. Uns com um passo mais apressado, outros nem tanto.

       O sinal do semáforo amarelo, vermelho, verde. Atenção, pare, siga. O ritmo não pode parar nunca. Os motoristas seguem os seus destinos. Uns dobram a direita, outros a esquerda. Outros ficam presos no congestionamento e depois somem do alcance de seus olhos. É o caos do trânsito.

       A escola dá o sinal. Será o intervalo ou a saída? Depois de alguns minutos concluí que é a saída. Os estudantes saem dispersos. Aos poucos vão surgindo os grupos em muitos tons. Azul, verde e violeta. Amarelo, laranja e vermelho. Além de um festival de pink, verde-limão e laranja-néon. As cores desta geração. Não da sua. Mari faz um esforço para lembrar as cores de sua época de estudante. Por fim, conclui que suas preferidas sempre foram as cores primarias. As cores puras. Sem misturas.

       Os alunos parecem desorientados, perdidos, confusos com tantas informações relevantes. Sim, todas são importantes. Todas serão cobradas. Delas dependem para decidirem os seus futuros. Implacavelmente. Deste jeito. Sem dó e nem piedade. Que vençam os mais fortes ou talvez os mais esforçados. Tudo é uma questão de vontade. Acho que sim. Pelo menos, com ela foi assim.

       Mudança de perspectiva. Os cheiros se confundem no ar. São compostos de várias substâncias. Vários temperos que se misturam. Cebola, alho, alecrim, manjerona e cheiro verde. E pimenta muita pimenta. De todos os tipos. A vida precisa de pimenta. O poema precisa de pimenta. O conto precisa de pimenta. O romance precisa mais ainda de pimenta. As pessoas precisam de pimenta. Até os pratos precisam desse condimento picante. Em especial, da pimenta-malagueta. Tudo é uma questão de paladar ou de estômago.

       Esse é o momento de relaxar e desestressar. Recarregar as energias para depois continuar seguindo a marcha da banda. Ela não para. Apenas dá tréguas. Aproveitem essas raras ocasiões. Depois de um certo tempo a banda segue pedindo passagem. Contando com a sua participação. Peguem os seus instrumentos e façam muito barulho. Precisamos de flashes. Destaque. Notoriedade. Todos sem exceção. Concordo que uns precisam de mais, enquanto outros de bem menos. Precisam de menos burburinhos e mais paz.

       O sol segue o seu caminho em conformidade com o seu tempo. Desta forma vai cumprindo a sua tarefa diária. Depois de alguns dias de folga. Verdade. O sol, às vezes, também resolve reservar alguns momentos para a introspecção. Fica de longe, escondidinho, nublando os nossos dias. Contribuindo para os dias de melancolia. Tão essenciais. Tão produtivos em termos de poesia. Depois desse retiro, o sol volta a brilhar mais forte e brilhante. Me identifico com o sol.

       O café fumega outra vez. Não no parapeito da sacada de Mariana. O aroma vem escapando fugidio pelo ar. Entra pelas minhas narinas e aos poucos toma todo o meu ser. O café de sempre. O café com leite. O café preto. O café da inspiração dos poetas. O café que une culturas. O café que anuncia o lanche da tarde. O nosso café de cada dia. Da manhã e da tarde. De qualquer horário. Basta sentir vontade.

       Os sinos tocam chamando os fiéis. Mari retorna de sobressalto. Os pensamentos estavam longe. O coração acelera em mil batidas. Estava, realmente, dispersa. O sinos chamam a sua atenção de uma maneira brusca. O sacristão bate o badalo insistentemente. Quer a nossa atenção. Seguem as badaladas cada vez mais fortes. Eis que surgem os primeiros fiéis em busca de algo que foge do alcance de Mari. Tenta se aproximar mais, mas não consegue fazer a leitura dos seus lábios. Nem ler os seus pensamentos. É o mistério da fé. A fé que toca a roda da vida. Que faz o mundo girar. Que contribui para o equilíbrio da mente humana. Cada um com a sua.


       O sol se põe avermelhado no horizonte. É o fechamento do dia e o começo da noite. As primeiras luzes surgem ofuscadas pelo clarão da lua. O movimento retorna com força total e, lentamente, vai diminuindo para dar espaço para um eco vazio. Uma noite sem estrelas. Com um céu infinitamente azul marinho. Frio e repito: vazio. Mariana continua com o mesmo olhar atento e ao mesmo tempo fugaz. O mesmo olhar de raio x. Com a mesma sensibilidade aguçada.

       Luzes vibram em vários pontos da cidade. A menina se esforça, mas não consegue mais identificá-las. O sono tenta confundir sua visão. Fecha os olhos devagar . Tudo o que consegue ver são pontos de luz. Multicoloridos. Parecem uma pintura impressionista. Sim, é esse mesmo o nome do movimento que usou os efeitos da luz e da cor. Ela continua lutando contra o sono. O sol se foi e levou com ele as suas energias. Cansa da luta e se entrega. A escuridão invade-a. Amanhã, a vida começa outra vez com seus versos, sons e ritmos. E Mariana passará de expectadora para o papel de personagem.

Ana Paula Moraes

sábado, 25 de junho de 2011

Machado de Assis: o estilo


    
O blog do curso de Letras da Unisinos postou este texto sobre o estilo de Machado de Assis. Foi o melhor texto que já li sobre a obra de Machado. Por isso, resolvi postar por aqui também. Como dizem por aí: Machado é tudo!
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        Durante 40 anos, Machado escreveu crônicas. Utilizando-se de histórias do dia a dia, refletindo sobre a História que se desenhava à sua volta. Machado falou, sim, da escravidão, mas, não se utilizando do emocionalismo que caracterizava as manifestações abolicionistas, e sim, a análise, a reflexão, demolindo a ideia (muito comum na época) da “bondade dos brancos” ao libertar os negros. Em sua obra (crônica, conto, romance) procurou desvendar os mecanismos econômicos e ideológicos que tentavam justificar, primeiro, a necessidade do trabalho escravo e, depois, a contingência imperiosa da libertação. Em 13 de maio de 1888, foi assinada a Lei Áurea. No dia 19, do mesmo mês, Machado de Assis publicou uma crônica sobre o assunto, ironizando a “bondade dos brancos”.
        Machado de Assis não passou largo dos grandes acontecimentos de seu tempo. É possível entrever, no registro do cotidiano feito por suas crônicas, assim como, posteriormente, nos romances, a ligação com o contexto social mais amplo.
Entre uma crônica e outra, entre uma crítica teatral e um poema, Machado de Assis ia tecendo a parte mais importante de sua obra: o conto e o romance

As fases
        Passeou pelo Romantismo e pelo Realismo, assimilando características de ambos, mas, não se pode enquadrá-lo radicalmente em nenhum desses estilos. Pode-se dizer, a grosso modo, que os romances da primeira fase tendem ao Romantismo e os da segunda fase, ao Realismo.
        Porém, nos romances de primeira fase, já se podem notar algumas novidades, sendo a principal delas,  a criação de personagens que ambicionam, sobretudo, mudar de classe social, ainda que isso lhes custe sacrificar o amor, bem diferentemente dos romances românticos, em que os personagens, em geral, comportam-se de acordo com aquilo que lhes dita o coração.
        Centrou seu interesse na sondagem psicológica, isto é, buscou compreender os mecanismos que comandam as ações humanas, sejam elas de natureza espiritual, ou decorrentes da ação que o meio social exerce sobre cada indivíduo. Tudo temperado com profunda reflexão. O escritor buscava inspiração nas ações rotineiras do homem. Penetrando na consciência das personagens para sondar-lhes o funcionamento, Machado mostrou, de maneira impiedosa e aguda, a vaidade, a futilidade, a hipocrisia, a ambição, a inveja, a inclinação ao adultério. Como este escritor capta sempre os impulsos contraditórios existentes em qualquer ser humano, torna-se difícil classificar suas personagens em boas ou más. Escolhendo suas personagens entre a burguesia que vive de acordo com o convencionalismo da época, Machado desmascara o jogo das relações sociais, enfatizando o contraste entre essência (o que as personagens são) e aparência (o que as personagens demonstram ser). O sucesso financeiro e social é, quase sempre, o objetivo último dessas personagens.
        Preocupava-se muito mais com a análise das personagens do que com a ação. Por isso, em sua narrativas, pouca coisa “acontece”: há poucos fatos em suas histórias, e todos são ligados entre si por reflexões profundas. Outra característica da prosa machadiana é a análise que o autor faz da própria narrativa: o narrador rompe o envolvimento emocional do leitor com a obra, proporcionando momentos de reflexão sobre o que está lendo. A visão de mundo machadiana tem as seguintes características: o humor, com dois objetivos: ora visa criticar o ser humano e suas fraquezas, através da ironia, ora demonstrar compaixão pelo homem, fazendo o leitor refletir sobre a condição humana; o pessimismo, não o angustiado, nem o desesperador. Tende à ironia e propõe a aceitação do prazer relativo que a vida pode oferecer, já que a felicidade absoluta é inatingível. A natureza, considerada, aqui, como todas as forças que estabelecem e conservam a ordem do universo é, ao mesmo tempo, mãe, porque criou o ser humano, e inimiga, porque mantém-se impassível, diante do sofrimento, que só terá fim com a morte.
        Quando a mulher, Carolina, morreu, em 1904, a vida de Machado de Assis desmoronou. Disse: Foi-se a melhor parte da minha vida, e aqui estou só no mundo [...] Aqui me fico, por ora, na mesma casa, no mesmo aposento, com os mesmos adornos seus. Tudo me lembra a minha meiga Carolina. Como estou à beira do eterno aposento, não gastarei tempo em recordá-la. Irei vê-la, ela me esperará.
        Carolina não teve de esperar mais do que quatro anos. Com a vista fraca, uma renitente infecção intestinal e uma úlcera na língua, em 1.º de agosto, Machado vai pela última vez à Academia Brasileira de Letras – que fundara em 1896 e da qual fora eleito presidente primeiro e perpétuo. Na madrugada de 29 de setembro de 1908, lúcido, recusando a presença de um padre para a extrema-unção, morre, reconhecido pelo público e pela crítica como um grande escritor.

Fonte: Excertos de http://www.culturabrasil.pro.br/machadodeassis.htm (2011)

sábado, 18 de junho de 2011

Conto "Encontro.com"

                                                               Encontro.com

        Clara dá uma última olhada no espelho. Retoca a maquiagem. Resolve fazer um rabo-de- cavalo no cabelo, pois a previsão do tempo indica chuva para o início da noite. Não saia de casa sem antes escutar a previsão do tempo. Pensou em desistir do encontro. O tempo não era propício. Além do mais, sequer tinha visto uma foto do rapaz. Seria como encontrar uma agulha no palheiro.
        Anda de um lado para o outro. Senta. Levanta. Estala os dedos. A sua ansiedade por fim vence. Pega as chaves do carro e sai rumo ao encontro. Suas mãos suam. Está insegura quanto a sua decisão. Sempre age por impulso e depois se arrepende. Fecha o sinal. Clara freia bruscamente. Morde o lábio inferior. Retoca novamente o batom. Abre o semáforo, mas não consegue ir muito longe. Acaba de pegar um congestionamento. Olha o relógio. Não chegaria a tempo de cumprir o horário combinado. Pensa em desistir pela segunda vez. A chuva anunciada começa antes do horário previsto. Clara debruça o peito sobre o volante e resmunga consigo mesma: Tá vendo clara. Sua teimosa!
Respira fundo. Conta até dez. Esse truque sempre funciona. Pensamento positivo. Abre o porta luva em busca da página impressa do site de relacionamentos. Precisa relembrar a descrição do candidato a ocupar o seu coração solitário. Começam a buzinar insistentemente. Distraída nem percebe que o congestionamento acabou. Acelera.
        Pontualmente 15:00 horas. Clara disfarça um tempo olhando as vitrines. Não pode ser pontual logo no primeiro encontro. Vai parecer que está muito interessada. Entra em algumas lojas. Olha ansiosa para o relógio. Os minutos não passam. Uma vendedora vem sorridente ao seu encontro:
-Boa noite! Posso ajudá-la?
Clara pensa: Um rapaz alto, de olhos verdes, corpo escultural, trajando calça jeans e camiseta laranja. Conhece?
Por fim, responde:
-Não, nada não. Estou somente dando uma olhadinha.
A vendedora se afasta um pouco:
-Fique à vontade. Se precisar de ajuda o meu nome é Luiza.
        Clara disfarça um pouco. Agradece a vendedora e sai da loja um pouco desajeitada. Tudo o que precisava era se sentir à vontade com aquela situação. Fita o relógio pela última vez. Enche o peito de coragem e decide acabar com aquela agonia. Se encaminha decidida até o corredor combinado. De longe avista um homem de estatura mediana com calça jeans e camisa laranja. Decide ir pelo lado contrário do corredor. O coração acelera em mil batidas. As características não conferem. Para pela última vez. Disfarça. Coloca os óculos escuros para ter certeza do que estava vendo. Segue cuidando pelo canto do olho. De repente, sai em disparada em direção a porta principal do shopping rumo ao estacionamento. Nesta fuga desenfreada nem percebe que passou da sua vaga. Para um pouco para retomar o fôlego. Finalmente conclui: Devia ter me guiado pela previsão do tempo. Os meteorologistas dificilmente erram.

domingo, 5 de junho de 2011

Trinta invernos


Fechou mais um ciclo de vida. Tudo passa e não voltará jamais. Encontro-me como um dia de inverno- triste, cinza e gelado. O sol, o dono do meu humor, aparece tímido entre nuvens quase apagado. E eu, assim como as flores, vou tentando resistir a mais um dia nublado.  

Projeto estabelece punições para estudante que desrespeitar professor

Projeto de lei do Paraná estabelece punições para estudante que desrespeitar professor

Amigos, eis aí algo que precisa do nosso apoio, para diminuir um pouco a inversão dos valores.

Assine a petição: http://www.peticaopublica.com/PeticaoAssinada.aspx?pi=P2011N10291

                 Projeto estabelece punições para estudante que desrespeitar professor

A Câmara analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti, que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino.

Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito à suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente.

A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante.

Indisciplina

De acordo com a autora, a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineiro nas escolas brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta assustadoramente. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões verbais, que, muitas vezes, acabam sem punição.

Tramitação

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta: PL 267/2011
Reportagem - Murilo Souza
Edição - Newton Araújo

http://www.jusbrasil.com.br/noticias/2650168/projeto-estabelece-punicoes-para-estudante-que-desrespeitar-professor

http://www.camara.gov.br/sileg/integras/838075.pdf

sábado, 21 de maio de 2011

Plano de aula sobre o emprego da vírgula



A vírgula pode ser uma pausa… ou não.

Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.

ABI: 100 anos lutando
para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
 
Sugestão de atividades: 
 1) Segundo o anúncio, "Uma vírgula muda tudo". Analise semanticamente o emprego da vírgula nas frases destacadas em cada uma das situações a seguir e interprete a diferença entre os enunciados.
a) "A vírgula pode ser uma pausa, ou não.
Não, espere.
Não espere."
 
b) "A vírgula pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso, só ele resolve."
 
c) "Ela pode forçar o que você não quer.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado."
 
d) "Pode acusar a pessoa errada.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse, juiz é corrupto.
 
e) "A vírgula pode mudar uma opinião.
Não quero ler.
Não, quero ler."
 
2) Assista o vídeo e observe o texto abaixo e responda:
a) Quem é locutor do texto?
b) Levante hipóteses: Onde, provavelmente, foi veiculado o anúncio? Justifique.
c) Explique qual a finalidade do anúncio.
d) A quem se dirige esse discurso?
e) Considerando-se o passado histórico brasileiro de repressão à liberdade de expressão, qual é a mensagem implicita no discurso?
 
Sugiro que os professores de língua portuguesa antes de entrar na parte teórica sobre o emprego da vírgula, passem no data show esse vídeo veiculado pela ABI, certamente esse anúncio publicitário irá gerar muita discussão e levará o aluno a entender o poder da vírgula dentro do texto, visto que ela determina outras possibilidades de interpretação num mesmo enunciado. Além disso, podemos estabelecer um parelelo com a história (interdisciplinariedade) na questão da ditadura militar, pois a ABI  pede respeito a liberdade de expressão, ou seja, respeito ao que se está afirmando.
 

domingo, 15 de maio de 2011

Chega de descaso com a educação brasileira!

                               
  

     No dia 14/05/2011 estive no Hotel Deville em Porto Alegre para um evento promovido pelas editoras Ática e Scipione. Na ocasião estiveram presentes renomados professores e autores de gramáticas. Na abertura do evento,  Mozart Neves Ramos que já foi secretario da Educação de Pernambuco e atualmente leciona física nos cursos de graduação da Federal de Pernambuco. Depois cada professor dirigiu-se de acordo com a sua área de atuação as salas indicadas, onde ocorreriam os seminários ministrados por consagrados autores de gramáticas e dicionários (no caso dos professores de línguas).
     Por estar lecionando, atualmente, língua inglesa optei pelo seminário ministrado pelo professor e autor Amadeu Marques. O autor das gramáticas que foram adotadas pelos meus professores de Ensino Médio. E agora me encontro na condição de colega do Amadeu, visto que ele também é professor.
     O professor Amadeu é um cara que tem uma baita percepção da realidade do ensino das escolas publicas, mesmo um pouco distante das salas de aula, já que, no momento, ele se dedica em tempo integral na elaboração da nova gramática da editora Ática.  Ele em poucas palavras sintetizou muito bem a atual realidade do ensino de línguas estrangeiras no nosso país. Segundo ele, um ensino precário já que muitos  professores trabalham, muitas vezes, sem sequer um livro didático (como é o meu caso) e com uma carga horária extramamente reduzida, ou seja, os alunos têm um único período de apenas 40 minutos semanal (o meu caso também). E aí? O que fazer? Resta ao professor duas alternativas. A primeira é elaborar um polígrafo e torcer que todos peguem no xerox; e a segunda é se limitar a passar o conteúdo em uma aula e os exercícios na próxima aula daqui a uma semana. Fica a pergunta: Por quê o MEC não investe em livros didáticos para o ensino de língua inglesa e espanhola? O nosso país não vai ser a sede da Copa de 2014? Como vamos recepcionar os nossos visitantes? Falando português? Não seria a língua inglesa um idioma universal? Parece que aqui no Brasil os nossos governantes não pensam assim. Já se fala na necessidade de três línguas ou mais...bem não vamos entrar em utopias.
Dedicatória carinhosa: "To Ana my best friend!" 
     Outra questão importante levantada foi o fato de  muitos professores brasileiros atuarem fora de sua área de formação. Como o exemplo que Mozart trouxe na primeira palestra do caso do professor pernambucano formado em geográfia e leciona física (não estou falando de educação física). Mozart nos disse que questionou como o professor fazia quando um aluno fazia uma pergunta e ele não estava preparado para responder naquele momento. E o professor respondeu: "Eu explico que vou estudar e trazer a resposta na próxima aula." Lamentável, mas é a nossa realidade local caros colegas.
     Para finalizar, Marques explicou como organizou a sua gramática e tocou em outro ponto importante: a questão da gramática apresentar vários enunciados em língua portuguesa. Fato que faz com que muitos autores e estudiosos de língua inglesa critiquem-o. Então, ele nos trouxe a seguinte justificativa: Como posso elaborar uma gramática toda em língua inglesa (o que seria o correto) se os alunos, muitas vezes, afirmam não saber nem o português que é a nossa língua materna. Isso no mínimo desistimularia os nossos alunos principalmente os estudantes dos últimos anos do Ensino Fundamental. O ensino de uma língua estrangeira no Brasil provavelmente continuará por um bom tempo nesse processo lento, mas o aprendizado deve ser contínuo, isto é, sem a falta de professor de língua moderna. E os chamados "Severinos" devem ser substituídos por profissionais qualificados.
     Então,  professores (as) escolham bem os seus livros didáticos de acordo com a sua realidade e a de seus alunos. E esperamos que esses livros cheguem em março de 2012. De preferência sem atrasos. Não dá para continuar mais um ano trabalhando com um livro didático de português, por exemplo,  com a ortografia antiga. Ah! Obrigada Amadeu pela suas palavras sabias e pelo seu carinho e exemplo de humildade, embora tenha títulos e publicações de sobra para ostentar.

domingo, 8 de maio de 2011

Colhendo flores


E não é que os alunos levaram a sério a ideia de serem poetas e poetisas amadores? Pois é. Lancei as sementes e agora estou colhendo as flores deste trabalho. Com esta postagem, quero destacar o trabalho da aluna Maíra da turma 107 do turno da manhã. A guria leva muito jeito para a poesia.  Leiam, Reflitam e comentem.

Curar o mundo

Existe um lugar no seu coração,
Eu sei que lá existe amor.
E este lugar poderia ser muito mais resplandecente do que o amanhã.
E se você realmente tentar,
Você descobrirá que não há necessidade de chorar.
Neste lugar, você sentirá que não existe dor ou tristeza.
Curem o mundo.
Façam-no um lugar melhor,
Para você e para mim
E para toda a raça humana.
Existem pessoas morrendo,
Se você preocupar-se o suficiente com a vida,
Crie um lugar melhor para você e para mim.
Se você quiser saber porque
Existe um amor que não pode mentir...
O amor é forte,
Se tentarmos nós veremos que nessa felicidade
Nós não podemos sentir medo ou temor:
Nós paramos de existir
E começamos a viver.
No meu coração eu sinto que todos são meus irmãos.
Criem um mundo sem medo.
Juntos nós choramos lágrimas alegres,
E curaremos o mundo
Para você e para mim.

Maíra Estafor

domingo, 24 de abril de 2011

V Feira do livro na Escola Gomes Jardim


        Nos dias 08 e 09 de abril realizamos na Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes de Vasconcelos Jardim a V edição da Feira do Livro.  Para a felicidade dos professores (as), principalmente os professores de língua portuguesa e literatura, contamos com a participação de todos os alunos. Gostaria de enfatizar a participação das minhas três turmas do 1º ano do Ensino Médio. Para o evento, resolvi juntamente com a professora Almeir fazer um varal de poemas. Para tanto,  retomei alguns conceitos bem básicos sobre o gênero textual poema tais como: verso, estrofe, versos brancos e rima. Não cheguei a entrar nas questões de métrica e escansão, visto que será trabalhado posteriormente pela professora de literatura.   Exemplifiquei com uma paródia do poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, um dos textos mais conhecidos do Romantismo Brasileiro. Enfim, foi jogo rápido (como dizem os alunos), pois tive somente duas aulas para tal atividade. Uma para explicar as noções de versificação e escrever o poema; e outra para reescrever o poema para que o trabalho não fosse exposto com erros de grafia, acentuação, pontuação e etc. Quanto à tematica, deixei os alunos livres para expressarem os seus sentimentos.
        Os resultados foram ma-ra-vi-lho-sos!!! Ficamos tão surpresas com as produções que na próxima feira do livro prevista para outubro, os alunos serão os homenageados do evento. Nos próximos meses, estaremos organizando uma coletânea com os poemas dos nossos (as) poetas e poetisas amadores (as). Com a licença dos meus alunos (as), quero compartilhar, aqui no meu blog, algumas dessas produções. Seguem alguns poemas das turmas 105, 106 e 107:

Turma 105 
                               
O amor 
                                                      
O amor é uma loucura,
Mas tão bom quanto rapa-dura.

O amor vale a pena,
Mas quem está disposto a se depenar por ele?

Existem pessoas que nasceram
Apenas para amar e para serem amadas.

O amor é como o sol
Quando expressado aquece até a alma.

O amor é o que é,
Independente de cor , classe social ou raça.
                                                                                  
O amor é o amor.

Ana Carolina Gomes da Silva

 


A inspiração voa alto nessa Escola.
 Você                                                                          
Às vezes, acho que te quero.                    
E ter você não sai da minha cabeça.
Será que é pecado querer ter você do meu lado?

O melhor beijo é o seu.
O melhor abraço é o seu.
E você tem que ser minha.

O vento leva o que eu trouxe de ti.
Amanhã, vai levar você de mim,
E trará outro alguém para mim.

Luiz Felipe Silva da Rosa


Coisas da vida

Todos os dias que o sol nasce, 
Acordo às seis e meia.
Apareço na minha classe
Em uma volta e meia.                                

Varais de poemas
A cada luz do dia,
Eu vejo um reflexo
Mostrando minha vida
Em um pensamento tão complexo.

Sempre que estou ao seu lado
Eu vejo em seu olhar
Um amor de certo modo
Querendo desabrochar.

Fabricio de Oliveira Rocha


Serei Grêmio

Serei Grêmio mesmo que a bola não entre.
Mesmo que o Olímpico se cale.
Trabalhos sobre o livro "Thalita a boneca de pano"
Serei Grêmio mesmo que o manto desbote.

Serei Grêmio até a morte.
E depois que eu morrer
Viverei eternamente no azul celeste.

Paula Suzana Jardim Cardoso


Quando me amei de verdade,
Percebi que nem sempre 
Fui o centro das atenções.

Quando me amei de verdade                                    
Entendi que nem tudo
Que acontecia era voltado para mim.

Quando me amei de verdade,            
Consegui confiar e me aceitar assim.

Larissa Krissie da Rosa Santos

Lady Gaga

Uma cantora completa
Além disso, muito esperta.
Atrai o público com suas loucuras
E abala as estruturas.

Conseguiu fama rapidamente
Mexeu extremamente com a gente.
Seu sucesso é absoluto,
E isso eu não discuto.

Géssica dos Santos Belmiro

 
Turma 106  

Amor                                                                       
                                                                                                                  
Amor é uma palavra com muitos significados             
Todos eles muito difíceis de serem encontrados
Depois que encontramos                                
Por ele nós muito lutamos.                                        
Com o tempo descobrimos que o amor é um monstro 
Que reside em nossas costelas.
Ele vem se alimentar quando estamos a luz de velas.
Nos parte ao meio como um queijo
Bem na hora do primeiro beijo.   
Quando se vai                                                          
Sempre nos faz chorar,
Mas para ele voltar
Basta nós soubermos o alimentar.
Mesmo que doa amar                                                  
Dói muito mais não ter a quem amar
Não ter um porque lutar.
Viver uma vida em vão.
Antes destruído pelo amor
Do que corroído pela solidão.      

Aleph Lucas de Souza

Desejos

Músicos da Casa do Poeta de Canoas
Te vejo, te desejo.                            
Meus suspiros são segredos.
Meu olhar, seu olhar.
Sem malícia no tocar.
Se sentir porque não contar.

Como penso, como falo
Quando vejo sou seu escravo.
Meus sonhos forão roubados!                               
Sinto carência, carência de amor.                    
Sinto que isso, não se acabou.

Quero um amor maior.                                             
Quero um amor intenso.
Que brigue, mas não se zangue.                 
Quero muito, quero pouco.                                
Quero apenas que me tirem deste sufoco.

Bianca Lauxen Talin


Professores (as) com a patrona Márcia.
Estamos aqui, hoje,  no monumental                
Para te ver jogar
Ganhar ou perder não importa
O que me faz feliz é o imortal.

Grêmio tu és a razão do meu viver.
Por isso, estou aqui para te apoiar.
Não importa o que aconteça
Sempre ao seu lado vou estar.

Guilherme Bomfanti  Pedriconi

Ser amigo é...

Andar junto, mesmo que distante.
É ser legal, jamais superficial.
Dizer o que pensar, sem ofender.
Calar para ouvir, sem intervir.
Falar sem rodeio, sem receio.
Guardar o segredo, secar o pranto, dar o ombro.
Estar para o que der e vier, sem jamais abandonar.
É ser alguém que sempre se pode contar.
Ser amigo afinal é ser especial.
Com a patrona Márcia Carol
 Jenifer Ramos Nogueira

O grande imortal

No grenal
Não me leve a mal
Meu time é bagual
Pois é o imortal.

Não importa o que falem
Não importa quem és,
Pois o meu Grêmio
Te coloca nos pés.

Te sigo onde for.
Não importa o caminho,
Pois o que eu sinto é Amor                                    
Com louvor e carinho.                                    

Jovens talentos da Casa do Poeta
Minha vida é te seguir.                       
Minha vida é te apoiar.
Ir no Monumental te aplaudir
E por amor te ver jogar.

Para mim não tem time igual
Sempre foi
Sempre vai ser
O grande imortal!

Karoline Milbradt Fernandes

A amizade

Amizades verdadeiras são raras,
Mas porém eternas.
Conquistadas e cultivadas ao longo do tempo.
Com base em muito amor, carinho,
Cumplicidade e respeito.
E com muita história para se contar.

A amizade quando é verdadeira
Dura pela vida inteira
É algo que não sabemos explicar,
apenas vivemos sem medo de errar.
E quando estamos juntos,
muitas emoções no ar.

Depois de um certo tempo,
A mãe da amiga vira tia
E a amiga já é irmã.
É algo inexplicável
O amor de cada manhã.

Jéssica Velasques Viana

O grande imortal

Parabéns para a cidade do imortal,
O nome dele é Grêmio
O campeão mundial.                                 
Falo de Porto Alegre 
A amada capital.                           

Nosso animador professor Hiran.
                  
Eu não moro na capital
Mas gosto de passear por lá.
Quando vou torço para o imortal
Que joga na minha terra natal,
O mesmo que ganhou o Grenal
Que foi campeão em cima do Internacional.

Carlos Miguel de Morais

Turma 107

Tenho saudades da minha infância
Onde tudo era fácil,
Mas com o passar do tempo
Foi ficando muito amargo.


Tenho saudades da minha mãe
Do seu colo amoroso,
Mas agora que cresci
Tudo se tornou tão difícil.


Por isso, dou valor                           
A tudo que tenho,
Professor, animador e cantor! 
Pois se nada tive                  
Hoje, eu tenho.

Juliano  Fernandes Fric

Saber ser

Ser não é parecer.
Ser é muito mais do que aparentar aparecer.
Ser é ser sem temer.
Ser é ter e, muitas vezes, não poder.
Ser é saber o que fazer
E não ser o que não deve ser.
Ser é poder viver
Amar o amanhecer
Ser pra ser luz
Por consciência, ser você.

Julia dos Santos Polidoro


O timão

Sou gremista
Com muito orgulho
Sejas ou não o campeão
Estou contigo e não abro mão.
Talentos Locais
            

Até a pé nós iremos
Onde o Gêmio estiver
Mesmo não sendo campeão
É o orgulho de nossa nação.

Lediane Caroline Mello Mognon

Sou feliz e sou alegre
Moro no Rio Grande do Sul,
Mas entre todas as cidades
A que mais gosto é Porto Alegre.

Com o Inter e o Grêmio
Vivo vibrando com a torcida
Colorado e gremista
Choramos pra caramba.

Adalberto Bertoldo da Silva

Amigos de verdade

Amigo é aquele que está sempre contigo           
Nos momentos bons e até nos de perigo.
Amigo sabe dizer sim, mas também sabe dizer não,
Mas, com certeza, sempre vai te estender a mão. 

A amizade quando é verdadeira
Nunca vai ter fim,
Mas quando é falsa
Não tem final feliz.

Amizade tem sete letras
Construí-la é difícil.
Para ter confiança
É só ter amigos.

Devemos somar amigos
E subtrair inimizades
E para ter amigos por perto
É bom encarar algumas verdades.

João Marco Generoso da Silva


Carinho

Carinho, carinho meu.
Carinho teu, carinho e deu.
Carinho trocado, carinho apaixonado.   
Carinho amado, carinho conquistado.
Carinho preservado.
Carinho vivo, carinho amigo.
Carinho marginal, carinho essencial.
Carinho preciso, carinho inimigo.
Tantos carinhos, que seria um pecado
Dizer que o mundo não é feito de cafuné.

Bianca de Oliveira Milani

Você

Para mim não tem explicação.
É mais do que palavras
É pura emoção.
Te amo como nunca amei ninguém
Te quero como nunca quis ninguém
De ti não desistirei
Quero você comigo
No futuro, no presente...eternamente.

Diandra de Brito Biscarra