quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Salve, salve primavera!

A primavera chegou com seus muitos tons. Demorou, mas apareceu para encher minha vida de cor. Inundar meu ser de sol dourado. Trazer mais vibração para a minha vida. E deixar no passado o cinza das tardes tristes e vazias de um dia nublado. O meu dia é todo azulado. E a minha noite toda estrelada.

domingo, 11 de setembro de 2011

Olá queridos amigos (as) internautas!
Este conto que segue é o resultado de um projeto intitulado "contos jovens" que estou desenvolvendo com os meus alunos do 1º ano do Ensino Médio. Com a autorização autoral da minha aluna Júlia Polidoro, gostaria de compartilhar com vocês, caros leitores, o meu orgulho dos frutos que estou colhendo com esse trabalho. Para finalizar esse projeto, vou produzir um livro de contos das turmas que estão envolvidas neste pequeno e ao mesmo tempo grande projeto. Já lancei a sementinha, agora espero que ela continue dando belas flores ou belos frutos, como quiserem. Leiam e espero que se deleitem também!  

Júlia Polidoro
     Os primeiros anos de vida suscitaram em mim o gosto pela aventura. O meu pai dizia não saber bem o porquê da existência e vivia mudando de trabalho, de mulher e de cidade. A característica mais marcante de meu pai era a sua rotatividade. Dizia-se filósofo sem livros, com uma única fortuna: o pensamento. Eu no começo achava o meu pai tão-só um homem amargurado por ter sido abandonado pela minha mãe quando eu era de colo. Morávamos então no alto da rua Ramiro Barcelos, em Porto Alegre, o meu pai me levava para passear todas as manhãs na praça Júlio de Castilhos e me ensinava os nomes das árvores, eu não gostava de ficar só nos nomes, gostava de saber as característica de cada vegetal, a régio de origem. Ele me dizia que o mundo não era só aquelas plantas, era também as pessoas que passavam e as que ficavam e que cada um tem seu drama.
      Ele dizia que o mundo era perverso e que tinhamos que cuidar ao redor, olhar as pessoas, conhecer seus pensamentos e tentar entendê-los. Meu pai, um grande amante da natureza, me levava nas tardes de sol para admirar o Rio Guaíba, ficávamos por horas admirando a divindade da natureza até chegar o pôr do sol.
      Lembro como se fosse hoje de seus olhos brilhantes quando apreciava o pôr do sol. Ele falava que a natureza era de outro mundo, pois deste não poderia ser. Então, meu mundo virou o dele. O meu pai me ensinou a amar a vida e fazer dela a melhor possível e levo comigo cada palavra sua, cada pensamento e filosofia. Na verdade, sinto que ele está em mim, pois tenho a aventura em mim e a vontade de viver no pensamento.
      Viajo por todos os lugares, não tenho casa, amor, nem trabalho certo. Só tenho no coração o pôr do sol e todos os dias observo um, lembrando assim de meu pai, um filósofo sem livros.
                                           Júlia Polidoro (futura escritora, assim espero.)