sábado, 21 de maio de 2011

Plano de aula sobre o emprego da vírgula



A vírgula pode ser uma pausa… ou não.

Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.

ABI: 100 anos lutando
para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
 
Sugestão de atividades: 
 1) Segundo o anúncio, "Uma vírgula muda tudo". Analise semanticamente o emprego da vírgula nas frases destacadas em cada uma das situações a seguir e interprete a diferença entre os enunciados.
a) "A vírgula pode ser uma pausa, ou não.
Não, espere.
Não espere."
 
b) "A vírgula pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso, só ele resolve."
 
c) "Ela pode forçar o que você não quer.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado."
 
d) "Pode acusar a pessoa errada.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse, juiz é corrupto.
 
e) "A vírgula pode mudar uma opinião.
Não quero ler.
Não, quero ler."
 
2) Assista o vídeo e observe o texto abaixo e responda:
a) Quem é locutor do texto?
b) Levante hipóteses: Onde, provavelmente, foi veiculado o anúncio? Justifique.
c) Explique qual a finalidade do anúncio.
d) A quem se dirige esse discurso?
e) Considerando-se o passado histórico brasileiro de repressão à liberdade de expressão, qual é a mensagem implicita no discurso?
 
Sugiro que os professores de língua portuguesa antes de entrar na parte teórica sobre o emprego da vírgula, passem no data show esse vídeo veiculado pela ABI, certamente esse anúncio publicitário irá gerar muita discussão e levará o aluno a entender o poder da vírgula dentro do texto, visto que ela determina outras possibilidades de interpretação num mesmo enunciado. Além disso, podemos estabelecer um parelelo com a história (interdisciplinariedade) na questão da ditadura militar, pois a ABI  pede respeito a liberdade de expressão, ou seja, respeito ao que se está afirmando.
 

domingo, 15 de maio de 2011

Chega de descaso com a educação brasileira!

                               
  

     No dia 14/05/2011 estive no Hotel Deville em Porto Alegre para um evento promovido pelas editoras Ática e Scipione. Na ocasião estiveram presentes renomados professores e autores de gramáticas. Na abertura do evento,  Mozart Neves Ramos que já foi secretario da Educação de Pernambuco e atualmente leciona física nos cursos de graduação da Federal de Pernambuco. Depois cada professor dirigiu-se de acordo com a sua área de atuação as salas indicadas, onde ocorreriam os seminários ministrados por consagrados autores de gramáticas e dicionários (no caso dos professores de línguas).
     Por estar lecionando, atualmente, língua inglesa optei pelo seminário ministrado pelo professor e autor Amadeu Marques. O autor das gramáticas que foram adotadas pelos meus professores de Ensino Médio. E agora me encontro na condição de colega do Amadeu, visto que ele também é professor.
     O professor Amadeu é um cara que tem uma baita percepção da realidade do ensino das escolas publicas, mesmo um pouco distante das salas de aula, já que, no momento, ele se dedica em tempo integral na elaboração da nova gramática da editora Ática.  Ele em poucas palavras sintetizou muito bem a atual realidade do ensino de línguas estrangeiras no nosso país. Segundo ele, um ensino precário já que muitos  professores trabalham, muitas vezes, sem sequer um livro didático (como é o meu caso) e com uma carga horária extramamente reduzida, ou seja, os alunos têm um único período de apenas 40 minutos semanal (o meu caso também). E aí? O que fazer? Resta ao professor duas alternativas. A primeira é elaborar um polígrafo e torcer que todos peguem no xerox; e a segunda é se limitar a passar o conteúdo em uma aula e os exercícios na próxima aula daqui a uma semana. Fica a pergunta: Por quê o MEC não investe em livros didáticos para o ensino de língua inglesa e espanhola? O nosso país não vai ser a sede da Copa de 2014? Como vamos recepcionar os nossos visitantes? Falando português? Não seria a língua inglesa um idioma universal? Parece que aqui no Brasil os nossos governantes não pensam assim. Já se fala na necessidade de três línguas ou mais...bem não vamos entrar em utopias.
Dedicatória carinhosa: "To Ana my best friend!" 
     Outra questão importante levantada foi o fato de  muitos professores brasileiros atuarem fora de sua área de formação. Como o exemplo que Mozart trouxe na primeira palestra do caso do professor pernambucano formado em geográfia e leciona física (não estou falando de educação física). Mozart nos disse que questionou como o professor fazia quando um aluno fazia uma pergunta e ele não estava preparado para responder naquele momento. E o professor respondeu: "Eu explico que vou estudar e trazer a resposta na próxima aula." Lamentável, mas é a nossa realidade local caros colegas.
     Para finalizar, Marques explicou como organizou a sua gramática e tocou em outro ponto importante: a questão da gramática apresentar vários enunciados em língua portuguesa. Fato que faz com que muitos autores e estudiosos de língua inglesa critiquem-o. Então, ele nos trouxe a seguinte justificativa: Como posso elaborar uma gramática toda em língua inglesa (o que seria o correto) se os alunos, muitas vezes, afirmam não saber nem o português que é a nossa língua materna. Isso no mínimo desistimularia os nossos alunos principalmente os estudantes dos últimos anos do Ensino Fundamental. O ensino de uma língua estrangeira no Brasil provavelmente continuará por um bom tempo nesse processo lento, mas o aprendizado deve ser contínuo, isto é, sem a falta de professor de língua moderna. E os chamados "Severinos" devem ser substituídos por profissionais qualificados.
     Então,  professores (as) escolham bem os seus livros didáticos de acordo com a sua realidade e a de seus alunos. E esperamos que esses livros cheguem em março de 2012. De preferência sem atrasos. Não dá para continuar mais um ano trabalhando com um livro didático de português, por exemplo,  com a ortografia antiga. Ah! Obrigada Amadeu pela suas palavras sabias e pelo seu carinho e exemplo de humildade, embora tenha títulos e publicações de sobra para ostentar.

domingo, 8 de maio de 2011

Colhendo flores


E não é que os alunos levaram a sério a ideia de serem poetas e poetisas amadores? Pois é. Lancei as sementes e agora estou colhendo as flores deste trabalho. Com esta postagem, quero destacar o trabalho da aluna Maíra da turma 107 do turno da manhã. A guria leva muito jeito para a poesia.  Leiam, Reflitam e comentem.

Curar o mundo

Existe um lugar no seu coração,
Eu sei que lá existe amor.
E este lugar poderia ser muito mais resplandecente do que o amanhã.
E se você realmente tentar,
Você descobrirá que não há necessidade de chorar.
Neste lugar, você sentirá que não existe dor ou tristeza.
Curem o mundo.
Façam-no um lugar melhor,
Para você e para mim
E para toda a raça humana.
Existem pessoas morrendo,
Se você preocupar-se o suficiente com a vida,
Crie um lugar melhor para você e para mim.
Se você quiser saber porque
Existe um amor que não pode mentir...
O amor é forte,
Se tentarmos nós veremos que nessa felicidade
Nós não podemos sentir medo ou temor:
Nós paramos de existir
E começamos a viver.
No meu coração eu sinto que todos são meus irmãos.
Criem um mundo sem medo.
Juntos nós choramos lágrimas alegres,
E curaremos o mundo
Para você e para mim.

Maíra Estafor