terça-feira, 15 de novembro de 2011

A voz do interior

O que escrevo não está necessariamente em mim. Começa por aqui e grita dentro de você.

O sopro

Eu sou a brisa do mar que você sente na pele arrepiada. O sopro leve que balança e dá movimento aos seus cabelos. Sou também a  calmaria depois da maré agitada e da ventania. Vivo em você em forma de paz. Você me sente, mas  não me vê passar. Quando percebe o vento forte já me levou pra alto mar. Tenho por consolo a lua nova a me vigiar. De longe minguada no céu.

domingo, 6 de novembro de 2011

Silêncio, vazio, ócio

Eu estou aqui bem na sua frente. O meu eu poético chega até você, mas você não chega até a mim. Insiste em não deixar marcas,  pegadas e nem vestígios. Eu te sinto bem perto. Percebo seu olhar a me vigiar de longe. Sorrateiramente. Não escuto sua voz, somente um eco vazio, perdido, solitário. Esse silêncio  não me diz nada. Sigo no vácuo das suas palavras.