terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Pico


Vai, sai pelo mundo em busca dos seus sonhos.
Não se contente com o sonho da esquina sempre pronto e quentinho.
Se arrisca, se joga, não olhe para trás jamais.
A vida está lá fora nos riscos que te chamam insistentemente pelo nome.
Você é mais do  que a rotina te propõe todos os dias.
O prazer de viver está nos desafios que nos vem contra o rosto.
Segue contra a ventania, a escuridão, a neve e o deserto.
Vá desgarrada, cabelos esvoaçantes ao vento, pés descalsos.
Continue subindo a sua montanha cheia de obstáculos.
Tente manter um ritmo alucinado.
Jamais aceite a mesmice da vida corriqueira.
A neblina pode tentar te cegar nesta caminhada.
Mantenha o olhar fixo e resistente no pico.
O céu é o limite e o alto da montanha é o seu ponto de chegada.

Ana Paula Moraes

Origem

A poesia nasceu de uma lágrima que brotou no canto esquerdo do olho. Consta no registro como mãe o pranto e como pai o tédio. Fazem parte da família a introspecção, a solidão e o medo. Este turbilhão de emoções nasce a cada dia dentro do ser que nomeamos poeta. Entendo como poeta aquele que dá vida e pulsação para as palavras que traduzem os sentimentos. O ser que revestido de sensibilidade canta o amor em forma de versos.